Frescas da blogosfera II ... long live MEC

«Fartem-se das pessoas que amam. Tornem-se chatos para com elas. Pensem na morte - a tal que vamos todos morrer. Minimizem os prejuízos. Apanhem secas deles - e dêem-lhes também das vossas, correspondentes - para que, quando morrerem, possam quase respirar de alívio.»

Daqui.

Frescas da blogosfera ...

«Ética da tampa


Até a guerra tem uma ética. Até a guerra tem a convenção de Genebra. Apenas a tampa não tem uma ética. As pessoas são amadas e tratam quem as ama como macaquinhos amestrados.»

Daqui.

Para os desalentados desta vida cigana de se ser músico

You are born an artist or you are not . And you stay an artist, dear, even if your voice is less of a fireworks . The artist is always there.

(goste-se ou não se goste...)

Maria Callas

Absurdovisão III

... e no mesmo dia, mais um zapping, mais uma tentativa falhada...

O novo programa da RTP1, qualquer coisa sobre músicas antigas dos anos 50 e por aí fora... Um grupo de pessoas, algumas caras mais conhecidas do público, outras nem por isso, a recriar não sei bem o quê, um bocadito aleatoriamente, ora aqui uma canção, ora aqui um programa de rádio, ora ali um anúncio antiguinho ... e de repente ...

...a Vanda Stuart cantando e dançando Carmen Miranda, dentro de um bikini super reduzido, e cheio de bananas por todo o lado, com a barriga à mostra... grávida .

Absurdovisão II

... Quando logo a seguir mudei de canal ...

O Herman José, no directo do seu programa, agarrado a duas cabo-verdianas, a fazer beicinho e quase a chorar , com ar de santo milagreiro, a dizer que estivessem descansadas, porque ele, sim, ele, ia pessoalmente certificar-se de que a menina iria ( passo a citar ) " tratar o seu carocinho " .

Uma mistura forçada e muito pouco convincente entre o saudoso e muito mais genuíno "Ponto de Encontro" de Henrique Mendes e a giríssima Fátima Lopes. Sim, que ao menos o programa de H. Mendes não pretendia ser outra coisa qualquer, era o que era e no seu estilo era verdadeiro . Enfim, Portugal ...

Absurdovisão I

Às vezes tenho a sensação de que aterrei momentaneamente num planeta diferente. Isto porque tenho a certeza de estar acordada e de que não estou no meio de um desses sonhos idiotas onde misturamos várias coisas do dia-a-dia numa parafrenália de cenários absurdos . Então passa-se que num destes dias me apeteceu ( epá, apeteceu-me, ok ??? pronto, deu-me para ali ...) ligar a televisão - registe-se que eu não tenho TV Cabo - e por pouco julguei que estava a ter um desses sonhos estapafúrdios . Mas não, tinha só aterrado num planeta diferente . De certeza !!! Na TVI, que nos tem presenteado desde sempre com uma selecção de ouro de programas do outro mundo, passava um concurso onde gente que não faz nada na vida anda a brincar aos soldadinhos. Pois está bem, só vê quem quer . Mas de repente ... ... ... não ! Não podia estar a ver bem!!! E no entanto ele ali estava a falar em directo, e os outros de patente inferior também participavam noutra zona dos estúdios. Que coisa mais absurda e mais patética !!! Vários militares, mas militares A SÉRIO, elementos das forças armadas portuguesas, gente que devia andar a limpar matas para evitar fogos e coisas do género, entram nessa teatralidade tola que dá pelo nome de "1ªCompanhia" . Percebi que não era outro planeta, que afinal era mesmo o meu, tristemente . A perplexidade foi total, foi tão grande quanto a lista das coisas que me ocorreram de súbito como sendo mais adequadas ao serviço militar e mais dignas de uma profissão que se quer nobre e essencial . E eram tantas , tantas, que no fim só consigo perguntar : porquê ?????

Soltas sobre nascer de novo no fim do verão III

Ou .... Das Gajas e dos Gajos ....

Sim, sim, lugar comum . Não vou dizer que os homens não valem a pena, ou que são uns palermas ( o que até nem é mentira na maioria dos casos ) . .... Ah e tal, que não se vive bem com eles, mas também não se vive bem sem eles .

E se eu disser que vi uma rebelião enorme acontecer por todos os lados ? E se eu disser que neste verão um bando de garotinhas amarguradas decidiram fazer contas à vida e agirem como mulheres inteligentes e fantásticas que são ? Eu vi um exército de vontades reconstruídas do nada, porque de repente abriram os olhos ... Pois é, meninos, olhem, se já era difícil antes, (não) lamento, mas aqui por estes lados já não vejo ninguém que esteja para complicar ainda mais. Se querem, querem. Queiram-nos, que nós merecemos e agradecemos, desde que saibam querer. Se não querem vão andando . E às vezes é tarde demais para querer emendar as coisas. É muito bom ter finalmente a capacidade de arrepiar caminho e estar bem com isso, venha o que vier. Temos pena, mas neste momento estamos a b s o l u t a m e n t e no controlo da situação . Das situações. Todas .

Soltas sobre nascer de novo no fim do verão II

Houve alguma coisa melhor neste verão do que de repente gostar de mim e adorar essa sensação de topo ? E por que carga de água não havia de gostar ? E porque é que não havia de merecer sentir-me bem na minha pele ? Não quero voltar atrás com nada . Lamento, mas o que quer que me arraste de volta leva um valente pontapé ...

Soltas sobre nascer de novo no fim do Verão I

Ficamos sempre demasiado nervosos quando as coisas nos dizem muito, quando são tão importantes que nem sabemos o que fazer para não estragar tudo. Porque a fragilidade da nossa relação com o mundo não está senão em nós mesmos. Mas a vida é tantas vezes igual a tocar violino: um jogo de paciência. As coisas são tanto mais fáceis quanto mais simples as fizermos. Porque em si mesma a vida já é difícil que chegue . E então, onde está a comparação ? Mudar alguma coisa na tua vida, é como mudar uma dedilhação, mudar a posição em que tocas.... Carregas no músculo errado e que horror ! Dói que se farta. Mas se calhar é só isso, é carregares no músculo errado que te dificulta tudo ! "Tanto barulho por nada ". E como sempre, há uma base segura que está lá à espera que nos lembremos dela. E quando voltamos os olhos, o coração e o corpo todo para essa base que sabemos estar sempre certa o resultado é ...SPAGHETTI ... flui como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Às vezes devagarinho, como se ainda não pudéssemos confiar na nossa capacidade de deslizar pela vida adentro sem medo de cair, mas lá no fundo uma luzinha diz-nos que vamos ser capazes e que será sempre melhor a partir daí.