sábado, junho 11, 2005

Holzwege

Às vezes sinto-me como se chegasse tarde a todas as coisas da minha vida . Lido com elas como quem insiste em fazer malabarismo sabendo que tem as mãos untadas de manteiga . Ninguém se cansa de tentar, cansamo-nos é de não conseguir. Aqui fico a pensar em tudo, e em como no fundo não sei se poderia ter feito melhor, ter sido melhor nas minhas escolhas . Ter sido uma pessoa melhor, pronto . Porque não sei ser de outra maneira e faço um esforço enorme todos os dias a desbravar caminho que vai dar a nenhures. E para quê ? Não há potes de ouro no final. Nem um pote de água, quanto mais de ouro . Não é justo termos só uma oportunidade. Não é justo que nalgumas coisas nem sequer se tenha uma oportunidade. Falta aqui uma peça .

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A vida é feita de escolhas...mesmo as que parecem mais pequenas, podem ser as mais importantes. A cada momento arriscamos a vida que teremos, a vida que jamais não teremos. Continua com a mesma determinação, com a mesma paixão pelas coisas, honestidade, e todas as tuas qualidades humanas, sem medos de «não encontrar nada»...e no final, não sei se o pote é de ouro, ou de água, mas sei que valerá a pena e, pelo menos, transbordará paz de espírito!

junho 12, 2005 8:30 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

junho 12, 2005 1:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

P.S. Vê o «Silêncio do dia (V 1/2)». ABRAÇO PlnEclps. =)

junho 12, 2005 1:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

(Fui eu que apaguei o comment...so porque estava com umas gralhazitas...no big deal...)

junho 12, 2005 1:12 da tarde  
Blogger Tiago Cabrita said...

Este post chamou-me a atençao.... tenho passado por cá mas como imaginas o tempo ultimamente não tem sido elástico...na realidade nunca é. São boas questões todas elas, são questões que quem tem o mínimo de consciência coloca, mas também são questões que, ou muito me engano, não é suposto suposto haver resposta satisfatória. Nem justificada. Nem que faça sorrir.
Mas tu também sabes isso.

junho 12, 2005 2:06 da tarde  
Blogger Luis said...

Olá!
O que te vou dizer talvez não te ajude ou sequer anime mas espero que te aconchegue um pouco.
Todos nós gostaríamos de emendar algumas coisas, mesmo quando dizemos que vivemos sem arrependimentos, é falso, todos nos arrependemos de ter feito ou não ter feito qualquer coisa. Se assim não fôr é porque não evoluimos, é porque não temos a capacidade de revisitar o nosso passado e observá-lo com a luz do conhecimento presente. Escrevo-te este pequeno texto ao som da música do filme "O Piano" que curiosamente começou a tocar quando comecei a escrever, é sem duvida uma coincidência curiosa.
Mesmo que te sintas atormentada pelas escolhas do passado ou por não poderes escolher ou agir, lembra-te de uma coisa - tens amigos logo és uma pessoa especial e eles reconhecem em ti essa marca unica.
Todos nos questionamos e todos temos os nossos momentos de tristeza. Deixo-te aqui um abraço que para mim é a forma mais doce que há demonstrar a alguém que se a apoia.

junho 12, 2005 7:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vamos todos procurar as peças de uma outra linha de destino. Mas afinal o que acontece não poderia deixar de acontecernão é'
Sem cair num qualquer fatalismo é talvez posível que o que acontece não é pré-determinado mas sim o produto do conjunto das escolhas de todos nós! Talvez a fraternidade global se faça todos os dias mas ninguém repara por estar demasiado ocupado a tentar perceber onde tudo correu mal. Se correu mal, então correu bem para alguém! Afinal de contas, todos os que jogam no Euro-Mlilhões, contribuem activamente para a fortuna de alguém.Pode ser que um dia lhes saia a eles!
Tu chegas sempre atrasada minha amiga, eu nem saio do mesmo lugar com medo de errar o caminho. Afinal de contas és bem mais corajosa, ao menos andas...mesmo que seja para chegar atrasada! :)

junho 13, 2005 1:37 da manhã  
Blogger tarsofagundes said...

continuando o que a mariana disse... quando ela bate, às vezes não estamos preparados. É o fim? Acho que não.

junho 15, 2005 9:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um desconhecida por aqui...eu. Disse-me muito este post, mesmo muito e vem-me sempre à mente aquela frase "it's not enough to try".Sim. Faltam sempre peças, pedaços grandes e pequenos. Como se as coisas andassem sempre à nossa frente à mesma velocidade que nós, sempre, eternamente. A dor de as ver sem as agarrar,saber que nunca se vão agarrar e vê-las, vê-las mesmo ali...

julho 01, 2005 8:45 da tarde  

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