E porque ainda há esperança para alguns ... :)
(Lisboa, 24 Fevereiro)
Na fotografia, reparo no ângulo que tu não olhaste no momento do disparo, o meu joelho de collant, descoberto da saia de flores. Como entendo a solidão, a de nós todos, e como entendo o que há de belo em mim e tu descobres em cada dia. Que queres de mim? Devia haver um sentido para além de agora, devia haver, era suposto, uma promessa, um plano, um fim. Há o que sonhas connosco, sei, mas como o sonhas? Sonhares uma vida boa para nós é desarmar a minha dúvida, deixar pouco espaço para a razão dela existir em mim. No entanto ela espera-me em cada esquina de sorriso teu, quando me vês chorar - é tão simples, M. , em cada momento que me apetece sonhar o eterno, que me apetece firmar numa convenção de posse qualquer, dizer ao mundo. Acredito, mas como o sonhas? Nem interessa. Mas o que haveria de felicidade tua? Para onde ia a tua vida toda até então, o que és hoje, o que foste antes, o que és?
Na fotografia, reparo no ângulo que tu não olhaste no momento do disparo, o meu joelho de collant, descoberto da saia de flores. Como entendo a solidão, a de nós todos, e como entendo o que há de belo em mim e tu descobres em cada dia. Que queres de mim? Devia haver um sentido para além de agora, devia haver, era suposto, uma promessa, um plano, um fim. Há o que sonhas connosco, sei, mas como o sonhas? Sonhares uma vida boa para nós é desarmar a minha dúvida, deixar pouco espaço para a razão dela existir em mim. No entanto ela espera-me em cada esquina de sorriso teu, quando me vês chorar - é tão simples, M. , em cada momento que me apetece sonhar o eterno, que me apetece firmar numa convenção de posse qualquer, dizer ao mundo. Acredito, mas como o sonhas? Nem interessa. Mas o que haveria de felicidade tua? Para onde ia a tua vida toda até então, o que és hoje, o que foste antes, o que és?
Talvez tudo se gaste entretanto. Talvez, resolvemo-nos na ternura de fazermos amor, no tempo contado. No silêncio de palavras que não existem, em olhar um pato de banheira, nas horas do teu apartamento. Em sermos só uma constelação equívoca de encontros, em nascermos novos amantes em todos os encontros, e isso ser na verdade maravilhoso, porque somos nós, no necessário que é de irmos sendo alguma coisa.
By Tangerina
By Tangerina
Sim senhora. Um bocado pindérico e tal, mas pronto acho que já percebeste que sou um bocado do contra e, possivelmente, até achei que texto estava razoável (repare-se que nunca ultrapassará este escalão qualitativo). Se porventura quiseres comprovar que consigo escrever pior que tu passa pelo meu blog..
Beijinhos
Meu lindo, este blog é meu com a colaboração de outrem . . . Acho muito bem que critiques tudo e mais alguma coisa, nós aqui não gostamos (só) de adulação gratuita :) By the way, já passei pelo teu blog . . .